Mais um passeio dos "Fans da Fotografia"
que aconteceu ontem, sábado!
Sair do autocarro e começar a "clicar"
tinha que ser Natureza, ali mesmo junto ao rio.
Depois fui palmilhando algumas ruelas
e descobrindo recantos,
bem como o "Posto de Turismo"
Até que... descubro uma estátua de "Camões"!
No regaço algo que parece um pergaminho,
com formato de uma folha de parreira...
Encontro este lugar sombio onde se pode conviver,
ainda cheirava a churrasco, com mesas e bancos,
tudo o que é necessário para fazer grelhados.
Vejo um azulejo que diz: Painel Neptuno!
Penso: onde estará? Não deve estar longe...
Desço as escadas e encontro
este enorme e maravilhoso painel virado para o rio.
Ao longo do caminho descubro mais dois azulejos
referentes a Camões e aos Descobrimentos
Vou captando imagens do casario e encontrei
este coração com cadeados, alguém que foi para ali,
junto ao rio, fazer juras de AMOR
No meio de cinquenta participantes,
cada um fazia o que mais lhe dava gozo,
uns passeavam junto à margem do rio,
outros faziam fotos e outros ainda brincavam
que nem crianças atirando pedras para a água,
para ver o efeito que fazia...
Para mim esta foi a minha melhor foto!
Despedi-me de Constância com a promessa de lá voltar
Despedi-me de Constância com a promessa de lá voltar
É disto que gosto...
Natureza... Silêncio!
ResponderEliminarTejo e Zêzere: Encontro Marcado Em Constância
O rio Zêzere desagua no rio Tejo bem próximo de Constância. Depois descem as águas para formarem-se o ilhéu de Almourol. Na junção dos rios, o terreno desenhado na forma de proa de um barco onde cresceu a vila ao longo dos anos. Inspirado por esta paisagem, Camões escreveu:
Oh! Pomar venturoso!/ De seu fermoso peso/ se mostra o monte ledo/ e o caudaloso Zêzere te estranha/ Por que olhas com desprezo/ Seu cristal puro e quedo. (Da Canção XII)
Corre suave e brando/ Com tuas águas claras/ saídas de meus olhos doce Tejo. (Égloga II)
É O QUE ESTÁ ESCRITO junto à ESTÁTUA DE CAMÓES na minha foto!
Camões teve uma vida bastante atribulada.
ResponderEliminarNasceu em 1524 ou 25.
Descendia de família nobre.
Um dos tios, iminente intelectual, era Reitor da Universidade de Coimbra e o auxiliou nos estudos, influenciando muito na sua formação.
Naquela instituição, Camões obteve o título de Bacharel de Artes.
Voltou a Lisboa, passou a frequentar a Corte onde se inicia a sua fama de Poeta.
Apaixonando-se por uma dama de honra da Rainha, D. Catarina de Ataíde, passa a dedicar-lhe versos,
com o anagrama de Natércia.
Por não ter fortuna, não podia aspirar e concretizar este romance.
O exílio durante dois anos em Constância foi a solução encontrada para esquecer tal paixão.
Passado o período de angústia,
decide partir em uma expedição para o norte de África.
Em Ceuta perde em combate o olho direito.
De regresso, leva uma vida boêmia, feita de duelos, saraus, também reconhecimento popular, invejas…
Num desses duelos fere um moço de arreios do Rei.
Preso, é libertado um ano depois com a exigência de embarcar para a Índia.
Era o ano de 1553.
Viveu seus anos finais num quarto de uma casa próxima da Igreja de Santa Ana, em Lisboa
num estado da mais indigna pobreza,
“sem um trapo para se cobrir”.
Faleceu em 10 de junho de 1580.
ResponderEliminarEntre 1548 e 1550 a vila de Constância,
próxima a Abrantes, na região do Ribatejo, em Portugal,
foi pousada e desterro de Luís de Camões por circunstâncias diversas.
A mais relevante delas foi para curar um amor não correspondido.
O poeta escolheu fixar residência entre as calmas águas de dois rios: Zêzere e Tejo.
Ali teve tempo para reviver o drama amoroso descrito no Palmeirim de Inglaterra.
Anos mais tarde, “junto de um seco, duro, estéril monte”, pode Camões relembrar, como refrigero,
“a fresca de Abrantes”…
As ruas de Constância parecem preservar o aspecto plácido dos tempos do poeta.
Aquela que foi sua pátria de exílio – amoroso, poético e judicial – fixou um monumento
em sua homenagem numa destas praças calmas.
Agora, inerte em bronze, o poeta certamente terá ainda mais vagares para reviver
suas graças e desgraças amorosas e sociais.
Lindo passeio, belíssimos olhares.
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Já andei por Constância durante muitos anos seguidos, em especial nos dias 9 e 10 de Junho, quando o cantor Pedro Barroso fazia as tradicionais tertúlias com convidados a condizer, desde Paulo de Carvalho até Fernando Tordo, entre muitos outros. No fim, ele chamava cada colaborador um por um, pagava em dinheiro vivo, e eu - que fazia as fotografias que ainda hoje ele utiliza - népia, às vezes um jantar ou outro... até que, 7 ou 8 anos depois deixei de ir... é assim...
ResponderEliminarMas, pronto, este meu "rancor" por Constância não invalida os bons momentos que aí passei pois geralmente nunca ia sozinho, acabava sempre por levar alguém que gostava e merecia ir na altura. Vem isto á conclusão que tenho milhares de fotografias da zona mas se calhar poucas tão boas e elucidativas como as tuas. Porque tu estás mais atenta, não te dispersas e apanhas o essencial, e assim consegues fazer um post lúdico mas informativo. Especialmente registas pormenores que eu nunca me lembraria de registar, apesar de fazer sempre muitas fotos onde quer que vá. parabéns por seres observadora e objectiva também. Grande abraçooooo
Um local muito bucólico e um passeio que me parece muito agradável.
ResponderEliminarBjs, boa semana
Gostei muito das fotografias. Já estive em Constância. É realmente um lugar de beleza e paz.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Fantástica e muito interessante esta postagem!
ResponderEliminarBeijos e uma excelente semana!
Muito interessantes todas as fotos que vi aqui, neste e nos posts anteriores. Estás de parabéns, Tulipa e espero que continues a partilhar connosco pormenores dos teus belos passeios. Um beijinho e tudo de bom.
ResponderEliminarEmilia
Adorei este tour por Constância, através das suas imagens, Tulipa!
ResponderEliminarJá por lá não passo há imenso tempo...
Gostei de todas as fotos, mas a última, está mesmo muito especial!...
Beijinhos! Boa semana!
Ana
Belíssimas fotos.
ResponderEliminarBom fim de semana, amiga Tulipa.
Beijo.
Constância é fixe...
ResponderEliminarJá lá fui muitas vezes... durante as festas.
Já desci o rio desde Castelo do Bode até Constância de canoa.
É uma terra simpática.
Mas... se gosta de jardins e parques... Vila Nova da Barquinha!!! Muito fixe e é enorme...
Beijos