Há muitos anos que não ia para os lados de Cacilhas!
Mas, o facto de saber que os Veleiros - The Tall Ships Races 2016 - estavam em Lisboa, criou o bichinho da curiosidade e pensei que talvez, se fosse a CACILHAS os pudesse ver... se assim pensei, melhor o fiz e lá fui eu.
Há mais coisas para ver em CACILHAS e assim que parei o carro vi logo o farol.
O Farol de Cacilhas é
um farol português já desactivado, localizado na margem sul do rio Tejo, no
pontal de Cacilhas, concelho de Almada, distrito de Setúbal.
Torre cilíndrica
com 12 metros de altura e 1,27 metros de diâmetro, em ferro fundido pintada de
vermelho, com lanterna e varandim.
Cronologia
1886, 15 de janeiro -
inauguração
1886, 9 de maio -
instalação de sinal sonoro
1916 - apagado devido à
1ª Guerra Mundial
1918, 26 de dezembro -
reacendimento
1925 - instalação de
aparelho ótico de 4ª ordem (500mm)
1931 - instalação de
sinal sonoro pneumático
1957 - electrificado
1978, 18 de maio -
desactivação
1983 - deslocação para
os Açores
1986 - activação no
farol da Serreta
2004, junho -
desactivação do farol da Serreta
2009, 18 de julho -
recolocação em Cacilhas
Sobre o Farol de
Cacilhas
Esta peça de
sinalização funcionou em Cacilhas entre 31 de Dezembro de 1885 e 18 de Maio de
1978, tendo depois sido desmantelado e deslocado para a Ponta do Queimado, na
freguesia da Serreta, na ilha Terceira (Açores).
Olhando em redor vi a FRAGATA D. FERNANDO E GLÓRIA
A Dom Fernando II e
Glória foi uma fragata à vela da Marinha Portuguesa, que navegou entre 1845 e
1878.
Actualmente é um navio museu, na dependência do Museu da Marinha e
classificada como Unidade Auxiliar da Marinha (UAM 203).
A D. Fernando foi o último navio de guerra inteiramente à vela da Marinha
Portuguesa.
Foi construída em Damão, na Índia Portuguesa, sob a supervisão do
engenheiro construtor naval Gil José da Conceição, por uma equipa de operários
indianos e portugueses, liderados pelo mouro Yadó Semogi.
Na sua construção foi
usada madeira de teca de Nagar-Aveli.
Depois do lançamento ao mar, em 22 de
outubro de 1843, o navio foi rebocado para Goa onde foi aparelhado.
O navio foi baptizado
em homenagem ao Casal Real Português, o rei-consorte D. Fernando II e a Rainha
D. Maria II, cujo nome próprio era Maria da Glória.
O "Glória" do seu
nome também se referia à sua santa protetora,
Nossa Senhora da Glória, de
especial devoção entre os Goeses.
O navio estava armado
com 50 bocas de fogo, com 28 na bateria e 22 no convés.
A sua viagem inaugural,
de Goa a Lisboa, decorreu entre 2 de fevereiro e 4 de julho de 1845.
Desde então é um navio museu da Marinha Portuguesa, estando
actualmente, desde 1 de Março de 2008, em doca seca, em Cacilhas - Almada, onde
tem vindo a receber trabalhos de manutenção.
Na mesma doca seca vi este SUBMARINO.
Depois de tudo, muito bem observado e fotografado,
virei-me para a outra margem e vi Lisboa, ao fundo.
Um catamaran partia com destino ao Barreiro.
O rio estava agitado, a brisa era um pouco forte.
Finalmente vejo os Veleiros.
A distância era enorme, não dava para captar boas fotos,
daí que as imagens ficaram péssimas,
mas... foi o melhor que consegui fazer.
Ah... cheguei a casa e fui pesquisar sobre o "Farol de Cacilhas"
bem como sobre a " Dom Fernando II e Glória"
isto para dizer que "ando sempre a aprender" - as coisas que eu não sabia!
Um post super completo, ainda por cima falando de um local onde eu passei durante tantos e que faz parte da história da minha vida, inclusive antes do 25 de Abril (comecei a ir para Cacilhas - depois para a escola em Almada) com 11 anos, numa altura em que não se fazia fila para as camionetas: as pessoas iam afunilando e os mais espertalhões entravam primeiro, mas a coisa funcionava, apesar de tudo.
ResponderEliminarDepois veio a primeira remodelação do terminal de Cacilhas, e o farol deveria estar por lá, já não me lembro bem. Dali continuavam a partir carreiras para todo o sul, desde Cova da Piedade, até Setúbal, Sesimbra e Alentejo.
Mas os principais utilizadores das carreiras eram as pessoas que vinham nos barcos, muitas delas saltando antes do barco encostar para conseguirem apanhar a carreira pretendida. Alguns chauffers arrancavam antes dos barcos encostarem para não terem trabalho de ver os passes e irem com o veículo cheio.
Foram momentos bons e maus. O trânsito era tão caótico que a determinadas horas os autocarros ficavam presos nas estradas e tínhamos que aguardar horas e horas.
Quanto ao resto de Cacilhas era bem diferente: primeiro, coexistia a Parry and Son (onde está o submarino) com a poderosa e gigantesca Lisnave. Depois, morreu a primeira e mais tarde a segunda. Ficaram as ruínas e as memórias.
Cacilhas nunca mais foi o que era. Descaracterizada, hoje continua a ser um local que funciona mal, cada vez mais feio e desumano.
Ainda bem que as tuas fotos e o teu texto conseguiram dar um pouco de alma a Cacilhas. Obrigado :-)
Ah, aquele catamaran vai para o Montijo e não para o Barreiro. Beijinhos :-)
ResponderEliminarBem amiga...seus olhares estão magníficos!
ResponderEliminarSever do Vouga fica perto de Águeda e é fácil...chegar à cascata!
Meus passeios são pequenos pois não me posso ausentar muito tempo de casa...por causa do pai!
Bj amigo
Beleza de fotografias e de poemas que se completam.
ResponderEliminarAgradeço a partilha.
ResponderEliminarBoas fotos e boa reportagem de Cacilhas. Beijinho .
Um post muito bom, com informações excelentes. A reportagem fotográfica mostra como você aproveitou bem o dia...
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
Um beijo.
Preciosas fotos, e, preciosos ensinamentos.
ResponderEliminarFelicidades
MANUEL
Boa tarde, foi uma belas visita muito bem relatada através das belas fotos.
ResponderEliminarResto de boa semana,
AG
Gostava de os ter fotografado!
ResponderEliminarLindos olhares...bj