segunda-feira, 1 de agosto de 2016

FAROL DE CACILHAS



Há muitos anos que não ia para os lados de Cacilhas!

Mas, o facto de saber que os Veleiros - The Tall Ships Races 2016 - estavam em Lisboa, criou o bichinho da curiosidade e pensei que talvez, se fosse a CACILHAS os pudesse ver... se assim pensei, melhor o fiz e lá fui eu.

Há mais coisas para ver em CACILHAS e assim que parei o carro vi logo o farol.

O Farol de Cacilhas é um farol português já desactivado, localizado na margem sul do rio Tejo, no pontal de Cacilhas, concelho de Almada, distrito de Setúbal. 

Torre cilíndrica com 12 metros de altura e 1,27 metros de diâmetro, em ferro fundido pintada de vermelho, com lanterna e varandim.

Cronologia
1886, 15 de janeiro - inauguração
1886, 9 de maio - instalação de sinal sonoro
1916 - apagado devido à 1ª Guerra Mundial
1918, 26 de dezembro - reacendimento
1925 - instalação de aparelho ótico de 4ª ordem (500mm)
1931 - instalação de sinal sonoro pneumático
1957 - electrificado
1978, 18 de maio - desactivação

1983 - deslocação para os Açores
1986 - activação no farol da Serreta
2004, junho - desactivação do farol da Serreta

2009, 18 de julho - recolocação em Cacilhas

Sobre o Farol de Cacilhas
Esta peça de sinalização funcionou em Cacilhas entre 31 de Dezembro de 1885 e 18 de Maio de 1978, tendo depois sido desmantelado e deslocado para a Ponta do Queimado, na freguesia da Serreta, na ilha Terceira (Açores).






Olhando em redor vi a FRAGATA D. FERNANDO E GLÓRIA

A Dom Fernando II e Glória foi uma fragata à vela da Marinha Portuguesa, que navegou entre 1845 e 1878. 

Actualmente é um navio museu, na dependência do Museu da Marinha e classificada como Unidade Auxiliar da Marinha (UAM 203). 

A D. Fernando foi o último navio de guerra inteiramente à vela da Marinha Portuguesa. 

Foi construída em Damão, na Índia Portuguesa, sob a supervisão do engenheiro construtor naval Gil José da Conceição, por uma equipa de operários indianos e portugueses, liderados pelo mouro Yadó Semogi. 

Na sua construção foi usada madeira de teca de Nagar-Aveli. 

Depois do lançamento ao mar, em 22 de outubro de 1843, o navio foi rebocado para Goa onde foi aparelhado.

O navio foi baptizado em homenagem ao Casal Real Português, o rei-consorte D. Fernando II e a Rainha D. Maria II, cujo nome próprio era Maria da Glória. 

O "Glória" do seu nome também se referia à sua santa protetora, 
Nossa Senhora da Glória, de especial devoção entre os Goeses.

O navio estava armado com 50 bocas de fogo, com 28 na bateria e 22 no convés.

A sua viagem inaugural, de Goa a Lisboa, decorreu entre 2 de fevereiro e 4 de julho de 1845.

O navio esteve exposto na Expo 98. 

Desde então é um navio museu da Marinha Portuguesa, estando actualmente, desde 1 de Março de 2008, em doca seca, em Cacilhas - Almada, onde tem vindo a receber trabalhos de manutenção. 

Na mesma doca seca vi este SUBMARINO.





Depois de tudo, muito bem observado e fotografado, 

virei-me para a outra margem e vi Lisboa, ao fundo.

Um catamaran partia com destino ao Barreiro.

O rio estava agitado, a brisa era um pouco forte.





Finalmente vejo os Veleiros.

A distância era enorme, não dava para captar boas fotos, 

daí que as imagens ficaram péssimas, 

mas... foi o melhor que consegui fazer. 

Ah... cheguei a casa e fui pesquisar sobre o "Farol de Cacilhas" 

bem como sobre a "Dom Fernando II e Glória"

isto para dizer que "ando sempre a aprender" - as coisas que eu não sabia!





9 comentários:

  1. Um post super completo, ainda por cima falando de um local onde eu passei durante tantos e que faz parte da história da minha vida, inclusive antes do 25 de Abril (comecei a ir para Cacilhas - depois para a escola em Almada) com 11 anos, numa altura em que não se fazia fila para as camionetas: as pessoas iam afunilando e os mais espertalhões entravam primeiro, mas a coisa funcionava, apesar de tudo.
    Depois veio a primeira remodelação do terminal de Cacilhas, e o farol deveria estar por lá, já não me lembro bem. Dali continuavam a partir carreiras para todo o sul, desde Cova da Piedade, até Setúbal, Sesimbra e Alentejo.
    Mas os principais utilizadores das carreiras eram as pessoas que vinham nos barcos, muitas delas saltando antes do barco encostar para conseguirem apanhar a carreira pretendida. Alguns chauffers arrancavam antes dos barcos encostarem para não terem trabalho de ver os passes e irem com o veículo cheio.
    Foram momentos bons e maus. O trânsito era tão caótico que a determinadas horas os autocarros ficavam presos nas estradas e tínhamos que aguardar horas e horas.
    Quanto ao resto de Cacilhas era bem diferente: primeiro, coexistia a Parry and Son (onde está o submarino) com a poderosa e gigantesca Lisnave. Depois, morreu a primeira e mais tarde a segunda. Ficaram as ruínas e as memórias.
    Cacilhas nunca mais foi o que era. Descaracterizada, hoje continua a ser um local que funciona mal, cada vez mais feio e desumano.
    Ainda bem que as tuas fotos e o teu texto conseguiram dar um pouco de alma a Cacilhas. Obrigado :-)

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  2. Ah, aquele catamaran vai para o Montijo e não para o Barreiro. Beijinhos :-)

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  3. Bem amiga...seus olhares estão magníficos!

    Sever do Vouga fica perto de Águeda e é fácil...chegar à cascata!

    Meus passeios são pequenos pois não me posso ausentar muito tempo de casa...por causa do pai!

    Bj amigo

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  4. Beleza de fotografias e de poemas que se completam.
    Agradeço a partilha.

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  5. Boas fotos e boa reportagem de Cacilhas. Beijinho .

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  6. Um post muito bom, com informações excelentes. A reportagem fotográfica mostra como você aproveitou bem o dia...
    Obrigada pela partilha.
    Um beijo.

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  7. Preciosas fotos, e, preciosos ensinamentos.

    Felicidades
    MANUEL

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  8. Boa tarde, foi uma belas visita muito bem relatada através das belas fotos.
    Resto de boa semana,
    AG

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  9. Gostava de os ter fotografado!
    Lindos olhares...bj

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