domingo, 29 de maio de 2016

HÁBITO DE LER - FEIRA DO LIVRO



Quantas pessoas conhece que têm o hábito da leitura? 

Quantos livros por ano costumam ler? 

Se lê, fora os livros, lê o quê? Com que frequência?

Infelizmente não é comum ver pessoas com esse hábito, 

por mais benéfico que ele possa ser. 

Por quê? 

Ler faz bem em vários aspectos. 

Veja alguns benefícios:

Melhora cada vez mais a nossa capacidade e velocidade de leitura;

Melhora a nossa capacidade de escrita;

Aumenta o nosso vocabulário, permitindo que nos expressemos melhor;

Aumenta a nossa cultura geral;

Ajuda-nos a formar mais opiniões sobre diversos assuntos diferentes.

Para quem não tem o “instinto natural”, a leitura deve ser um hábito.

A importância do hábito de ler

Existem três objectivos distintos para compreender a importância do hábito de ler, são eles: 
ler por prazer, 
ler para estudar, 
ler para informar-se. 

Trago hoje este tema, e voltei atrás à minha infância e recordo que nunca vi 

meu Pai ler, a não ser o jornal 

e nunca me lembro de ver a minha Mãe ler, a não ser o Catecismo! 

Daí penso que os meus hábitos de leitura foram mesmo por "instinto natural". 

Ok não havia televisão, não havia computador, 

apenas rádio e muita liberdade para brincarmos na rua, 

mas mesmo assim eu, nas férias, preferia ficar no meu quarto a ler e lia um livro em apenas 2 dias, só quando a minha Mãe se zangava comigo pois dizia que eu estava a estragar os olhos, é que ia para a rua brincar com os/as amigos/as. 

Quis passar este hábito ao meu filho e não consegui - tentei quando ele tinha 8 ou 9 anos, comprei-lhe alguns livros, mas pouco ou nada adiantou. 

Hoje em dia tento passar o mesmo hábito aos meus netos e... nada consigo. 

Recordo que a última vez que fui à "Feira do Livro" foi há 2 anos, em 2014 

e nessa ocasião comprei 2 livros "Geronimo Stilton" - os meus netos foram 

comigo e escolheram livros dessa colecção... mas....






Geronimo Stilton é uma série de livros infantis publicada pela Editorial Presença em Portugal. 

A verdadeira escritora dos livros de Geronimo Stilton chama-se Elizabetta Dami. 

Os Cinco (The Famous Five, na versão original) é uma colecção de livros de mistério e aventura, para crianças, escrita por Enid Blyton. 

A colecção é composta por 21 títulos que já foi adaptada para o cinema e para a televisão.

Os Sete (Secret Seven, na versão original) é uma colecção de livros de aventura escritos pela escritora inglesa Enid Blyton.

O Clube dos Sete é composto pelo líder da sociedade Pedro (Peter, no original), 
a irmã de Pedro Joana (Janet), 
Jaime (Jack), Bárbara (Barbara), Jorge (George), Sara (Pam) e Vasco (Colin).



Decidi fazer este artigo porque neste momento temos a "Feira do Livro" em Lisboa.

Oh... quantos anos eu fiz questão de não faltar à "Feira do Livro" de Lisboa...

Era mesmo um prazer correr os stands e ver alguns escritores.

A Feira que eu esperava sempre com ansiedade, aquela em que passeava, sozinha ou com amigos, a que trazia para casa nos sacos de livros comprados e no coração - já não "chama por mim" - tudo muda nas nossas Vidas. 

Recordo o caminhar acima e abaixo, a animação, os sorrisos conhecidos com quem me cruzava sempre, todos os anos.

Em 2016 teremos dezanove dias de Feira. 

Teremos três fins-de-semana  - será que é desta vez que vou regressar à Feira?

Há diferenças - agora há quem leve a cozinha para o recinto em espectáculos de show cooking - para divulgar livros de receitas. 

Gosto de ir sozinha. Porque ler é um acto solitário. 
Aprecio muito esses momentos em que eu estou a sós com 1 livro. 
Agora as minhas leituras são 95% online - mas continuo a ler, todos os dias. 

Trago as lembranças da minha infância em que "devorava" livros 

da Colecção "Os Cinco" e "Os Sete" de Enid Blyton.





Hoje penso seriamente, que talvez esta minha forma de ser "aventureira" 

cheia de coragem, vem de todas essas aventuras que li... quem sabe?

Hoje ainda leio por prazer,  também leio para estudar, 

mas principalmente leio para colher toda a informação possível. 




Todas as raparigas da geração do meu filho têm a Anita como uma referência da sua infância. 

Soube que estes livros, que tanto contribuíram para desenvolver o gosto pela leitura, comemoraram há poucos dias 50 anos de publicação em Portugal.

Tantos e tantos títulos:
"Anita dona de casa", 
"Anita Mamã", 
"Anita no ballet" 
"Anita vai às compras".
as histórias da Anita eram a mistura perfeita de ilusão e realidade quotidiana. 

Isso explica, talvez, o seu sucesso, que se prolongou por várias décadas. 

Sempre na minha memória está a minha sobrinha Tânia - a "Princesa da Tia" 

que tinha um gosto seja prazer, loucura em ler, 

ela sim, devorava um livro num só dia... (até nisso éramos parecidas)

domingo, 8 de maio de 2016

CEMITÉRIO MONUMENTAL DE MILÃO



Quando alguém faz planos para uma viagem a Milão coloca no seu roteiro algumas coisas que não pode deixar de ver: o Duomo, Galeria, Teatro Scala, Quadrilátero da Moda, Castelo e algum tempo dedicado a compras. 

Poucos pensam em visitar o cemitério mais famoso da cidade e um dos mais belos do mundo: 
o Cimitero Monumentale. 

OK... até nisto eu sou diferente!!! 

No último dia em Milão, estava combinado após o pequeno-almoço, levar as malas para o autocarro e íamos para o centro da cidade, desde as 9h 30m até às 15h 30m - hora que o motorista ia apanhar o grupo e seguíamos para o aeroporto. No jantar do dia anterior as pessoas iam combinando o que queriam fazer no dia seguinte, em Milão. 
Umas iam visitar dois ou três museus, outras iam às compras e, eu decidi que queria visitar o "Cemitério Monumental" de Milão. 
Bem... todos olharam para mim com um ar intrigado, ainda perguntei se alguém queria ir comigo, duas pessoas ainda estiveram com vontade, talvez pela curiosidade em ver o que seria que me despertava interesse, mas depois mudaram de ideias 
e... a própria Guia pensou que se não fosse alguém comigo, eu iria mudar de ideias ... só que estava muito enganada. 

No dia seguinte ela pediu ao motorista que, a caminho do centro fizesse uma paragem para descer uma pessoa do grupo, junto ao Cemitério...
e, ele ... intrigado perguntou: 
para quê? 
Ela respondeu que alguém queria visitar aquele espaço e diz ele... 
no seu italiano puro: 
"é a primeira vez que um turista me pede para o deixar à porta do cemitério" 
e diz ela: 
"também em toda a minha vida de guia acompanhante, ninguém me fez esse pedido!!!" 

BOA... ficarei na memória dos dois, como a primeira turista a pedir algo insólito.

Construído em 2 anos e inaugurado em 1866, era enorme mas se mostrou logo insuficiente, já que era o primeiro e único cemitério da cidade. 
Construído para todos os milaneses, a obra projectada em estilo eclético (porque mistura vários estilos) foi pensada pelo arquitecto Maciachini com um grande monumento frontal, reservado aos personagens mais ilustres da história italiana que morreram em Milão. 

Difícil ficar indiferente ao Famedio, entrada principal do cemitério e que foi pensado para ser uma igreja, mas que desde 1870 é destinado a sepultura do escritor Alessandro Manzoni, o filósofo Carlo Cattaneo, o arquiteto Luca Beltrami e poucos outros. 

Em estilo neo-medieval e coberto por uma abóboda azul, seu nome vem do latim famae aedes ou Templo da Fama. 

No grande cemitério milanês estão sepultados personagens como: 
Giuseppe Meazza (jogador do Inter que dá nome ao estádio de San Siro), 
Giorgio Gaber (cantor italiano), 
Francesco Hayez (pintor), 
os fundadores do Milan e do Inter di Milano, 
Salvatore Quasimodo (escritor prêmio Nobel), 
Arturo Toscanini (maestro), 
Medardo Rosso (escultor) . 




Considerado o maior museu de esculturas da Itália, passeando pelas suas ruas 
(é fácil se perder) se encontram também os monumentos fúnebres de importantes famílias de industriais, como Campari, Falck, Motta, Pirelli e trabalhos realizados por escultores como Butti, Lucio Fontana, Medardo Rosso, Adolfo Wildt e Arnaldo Pomodoro. 

Antigamente cemitério de todos os milaneses, hoje são três os critérios para se ter uma sepultura ali: ser famoso, rico ou residente nas imediações. 






No cruzamento das artérias principais existem várias placas como esta, onde consta o nome dos jazigos das famílias mais importantes. 

Aumentando o tamanho da foto, podem ver o número 18 refere-se a este jazigo acima da Famiglia ANGELO MOTTA - obra do architetto Melchiorre Bega e do scultore Giacomo Manzu.







Hoje, ao fazer a pesquisa para escrever este post li...
Se você estiver por aqui com tempo e gosta desse género de passeios, não pode perder. 

Estava previsto: Até o final do ano (2015) a linha M5 do metro (lilás) deve abrir a estação Monumentale (a estação mais perto é Garibaldi). 

Ora bem, até nisto tive sorte, pois em Março/2016 quando lá fui, 

já existe a nova linha de Metro, a mais moderna de todas, 

da rede de Metro de Milão.

Cimitero Monumentale
Piazzale Cimitero Monumentale
De terça a domingo das 8h às 18h
Fechado às segundas (que não sejam feriado)

O Cemitério Monumental de Milão é um dos dois grandes cemitérios da cidade italiana de Milão, tendo sido projetado pelo arquiteto Carlo Maciachini (1818-1899). Inaugurado em 1866, é conhecido localmente por possuir muitas obras de arte ornamentando os jazigos das personalidades italianas ali sepultadas. 

No seu interior encontra-se o Civico Mausoleo Palanti, mausoléu dedicado às mais ilustres personalidades de Milão.

Muitos dos túmulos pertencem a dinastias industrialista, por exemplo, família Antonio Bernocchi ou a dinastia da Casa de Biotti Natoli, e foram concebidos por artistas de renome, como Giannino Castiglioni, Giò Ponti, Arturo Martini, Lucio Fontana, Medardo Rosso, Giacomo Manzù, Floriano Bodini, e Giò Pomodoro. 

Eva Duarte de Perón (1919-1952), atriz e líder política argentina; seu corpo foi roubado e enterrado secretamente no Cemitério Monumental de Milão em 1955 , ali permanecendo até 1971

Horários de missas na Igreja dentro do Cemitério Monumental
Domingos: 10:00 / 11:30
Dias úteis: 9:00 / 11:15

Como chegar - Bus: 37 (paragem Piazzale Monumentale), 
Bus 70 (paragem Via Farini / Via Ferrari), 
Bus 94 (paragem P.ta Volta)
Trem: 2, 4, 7 (estação Via Farini / Via Ferrari), 
12 e 14 (estação Piazzale Monumentale / Via Bramante),
Estação Ferroviária: F.S. Garibaldi